Quando viajo gosto muito de passear pelas ruas das cidades, entrar nos mercados, ver o comercio e tentar absorver um pouco da vida cotidiana de cada lugar. Não sou de conversar, não me sinto a vontade para ficar perguntando as coisas. Mas gosto de observar. Certa vez tive oportunidade de conhecer Amsterdam, num dia sem compromisso andava pelas ruas da cidade, olhando a arquitetura curiosa de algumas casas me deparo com um painel de azulejos representando Christiaan Huygens cercado por relógios de pêndulo. Não era um museu, não era um prédio público, não era uma universidade. até onde pude saber não era nem a casa dele. O painel ficava na parede de um pequeno prédio de três andares cujo primeiro andar era uma loja. Tive que parar e fotografei o painel Fantástico para mim, ver #donada uma imagem homenageando um dos maiores cientistas que já pisaram aqui no nosso pálido ponto azul [1] . Aquele momento me causou um misto de emoções e uma reflexão sobre a importância da ciência em nossas vi
Parresia era o termo grego dado ao cidadão que tinha a concessão de atuar debatendo e discursando na Ágora. Era concedida somente aos homens (♂️), livres, nascidos em Atenas e raramente concedida a não atenienses. Depois Platão e outros filósofos, entre eles Foucault, foram ressignificando a palavra. Como não sou filósofo, uso aqui o requerer a parresia e trazer sempre "a minha verdade". Foucault diria que sabíamos que alguém a exercia se riscos estivessem envolvidos para essa pessoa.